Carta 39

16 de novembro de 2021

“O amor, às vezes, também é sobre impermanência”

– iandê albuquerque

Caro alguém, me deparei com essa frase no final de um texto desse escritor que relatava sobre um término e pensei no quanto isso é uma verdade.

Amar não é fácil. Amar não se resume a gostar de uma pessoa e estar ao lado dela nos pequenos e grandes momentos. Amar não é apenas ajudar e estar presente para tudo que o outro precisar. Amar não é apenas se doar inteiramente, não é apenas um coração acelerado, um sorriso bobo ou borboletas no estômago.

Amar pode significar partir. O amor pode doer, pode doer muito. Amar às vezes é estar ausente. O amar às vezes não é para sempre; o amor é saber que mesmo querendo estar – permanecer – junto nem sempre é possível. O amor também é sobre impermanência.

Existem pessoas que amamos que podem nos fazer mal, existem cenários improváveis que podem nos afastar de alguém que era muito importante para nós. Por isso devemos lembrar que o amor não pode ser forçado, que este sentimento tão poderoso deve ser cultivado de forma natural e fluida. Não há como forçar o amor e é impossível remar contra as suas correntezas.

Quando o amor não é cultivado dos dois lados a tendência é um afastamento. E se você ama muito alguém e esse sentimento não é recíproco, o seu amor têm de suportar a partida. Você terá que amar o bastante para ser feliz mediante a felicidade do outro. Seu amor deverá ser capaz de celebrar as conquistas mesmo que de longe.

O amor é um sentimento intenso, um sentimento que exige força. Da mesma forma que você precisa ser forte para suportar toda a carga de quem você ama, você também deve ser forte para deixar essa pessoa sair da sua vida, caso seja necessário.

Amar é ajudar, é cuidar, é permanecer, … mas, às vezes é sobre impermanência.

M.M.

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